quinta-feira, 13 de junho de 2013

Visitando o lago Okutama

Pequena pausa nos posts de AKB48 para falar de um passeio que fiz uns dias atrás. Já era hora de fazer um post por aqui com zero relação com idols, né. ... ... ... ... Bom, pra falar a verdade ele tem relação com idols também. ^__^' Acontece que foi graças a um post da Eitaso em seu blog que eu descobri este lugar e fiquei com vontade de conhecê-lo. Pois é, idols tem alguma utilidade (neste caso, turística) no final das contas. ;) Antes de mais nada, vale dizer que o lago Okutama, principal fonte de água de Tokyo, na verdade não é um lago. Mas sim uma represa. (não me pergunte os motivos que levam alguém a chamar uma represa de lago. coisas de japoneses) Ele fica localizado na cidade de Okutama, província de Tokyo-to, no extremo noroeste fazendo divisa com Saitama-ken e Yamanashi-ken. Okutama é o maior município em área de Tokyo mas tem apenas pouco mais de seis mil habitantes. É portanto um Japão interiorano encravado nas redondezas da maior metrópole do país. Apesar de estar a pouco mais de uma hora de viagem da cidade de Tokyo, parece outro país, parado no tempo.

A razão por ser um local tão pouco ocupado é simples: montanhas. Altas e densamente florestadas montanhas marcam a paisagem do local, tornando-o naturalmente isolado com difícil acesso. Tanto que para chegar lá você só conta com uma estrada, a rota 411. Por serem vazias e sinuosas, as estradas da região viram ponto de encontro de motoqueiros nos fins de semana. Gente que mora em Tokyo e vai com suas possantes motos esportivas até ali para se divertir um pouco. Às custas, claro, da segurança alheia. Antigamente ia gente de carro fazer drift também, mas hoje ficou complicado graças a instalação de obstáculos no meio da pista, dividindo as faixas. Praticamente nenhum policiamento, um monte de túneis e pontes e uso de piso especial anti-derrapante em muitas das curvas também marcam o local. Este último em especial é mais um a contribuir para a presença dos motoqueiros. Para os interessados em passear por lá, existe uma linha de ônibus que sai de Tokyo (Kosuge) e vai até o parque no entorno do lago. (meio este utilizado pela Eitaso, mas não por mim)


Primeiro algumas fotos do caminho até lá. Passando por vilarejos, templos, pontes cruzando o Rio Tama, túneis... A linha de trem Oume vai até o centro do vilarejo de Okutama, mas não chega perto do lago. Na penúltima foto, você pode avistar a barragem Shiromaru, outra represa ao longo do rio, porém BEM menor.


Primeiras fotos da chegada ao parque. O 'Mizu to Midori no Fureai Kan' é o ponto principal dali, com restaurante, pequeno museu contando a história da região, loja de souvenirs... (fotos mais adiante) Fotos do vertedouro, do lago e da enorme barragem Ogouchi, erguida em 1957 com quase 150 metros de altura e que custou a vida de 87 homens durante sua construção. Na última foto, dá pra ver uma pequena cascata que escorre de uma fonte abaixo de uma árvore. Um monte de moedas estavam ali jogadas, então creio ser uma fonte da sorte, algo assim.


Dentro de uma das torres da barragem, pequeno museu com a história e todos os detalhes da mesma. Tem maquete, mapa da região no chão, além claro de uma bela visão do precipício. Pequeno exemplar das famosas pontes flutuantes feitas de barris que cruzam o lago de uma margem à outra. São três, mas neste dia para minha frustração, nenhuma estava montada para travessia, devido ao baixo nível da água do lago (época de poucas chuvas, logo...). Um monumento em homenagem aos mortos durante a construção, entrada para a trilha (de doze quilômetros) que dá volta na margem sul do lago, até o 'Yama no Furusato Mura' (info mais adiante). Estrada só na margem norte. Alguns detalhes do prédio do 'Fureai Kan', que ao invés de escadas tem uma rampa circular para se chegar aos andares de cima. Objetos dos povos da região, fotos da construção e ocupação do local, exibição de vídeos, restaurante, loja, espaço pra crianças com direito à geringonça com bolas correndo pelo trilho na parede (esse eu achei legal)...


Deixando o parque para trás, começo a dar volta no lago. Na primeira foto dá pra ver bem o quanto estava baixo o nível da água. A seguir, uma das mais famosas pontes da região, a Minedani. Ali perto, perdido no meio da floresta, um dos maiores templos do pedaço, o Ogouchi Jinja, no topo de um morro. Mais adiante, outras duas pontes famosas, bem próximas uma da outra: Miyama e Mito. Por fim, foto de um restaurante de beira de estrada (são poucos por ali) onde parei. Vale dizer que depois do vilarejo de Okutama, tudo que você vai ver ao longo da estrada são algumas poucas casas e comércio, grande parte delas abandonada. Fora a paisagem, não há muito incentivo para alguém se instalar por ali, realmente.


Do outro lado do lago, o 'Yama no Furusato Mura', outro parque, este bem isolado e com cara de pousada. Tem uma grande área de camping, oficinas de marcenaria, restaurante (com umas mesas bem exóticas), trilhas para apreciação de flores... Por fim, talvez o lugar mais interessante do passeio (este a Eitaso não visitou, não é difícil imaginar o porque): a estação abandonada Mitousanguchi. Não é fácil de achá-la, pois fora a escadaria na beira de um ponto qualquer da estrada, não há mais nada. Após as escadas, mais uma boa subida num barranco até chegar na estação. Ou melhor, no que restou dela. Construída em 1961, a linha de teleférico, ligando o nada até o lugar nenhum, funcionou até 1975 antes de ser desutilizada. Desde então, sobrou esta ruína no meio da floresta, local digno de filmes de terror B. Postei poucas fotos do local porque não há nada além de escombros e como não achei nenhum cadáver ou fantasma nas imagens, acho elas de pouco interesse público. =P O curioso é que enquanto subia até lá, cruzei com o que parecia ser uma equipe de filmagem, que tinha levado até lá gerador e tudo. Dentre eles, duas loiras com cara de européias. O que faziam ali, só Deus sabe. Talvez um filminho de terror... talvez algum pornô lésbico fetichista... vai saber. Se alguém ver algum filme com duas loiras e reconhecer o ambiente, por favor me avise.

Nenhum comentário: