quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Visitando o Oyamato Jinja

Prosseguindo, vou falar um pouco de um templo que eu visitei no feriadão de agosto, quando fui até Osaka ver um show do Afilia (um dia ainda terá report deste show aqui... .__. ) e aproveitei pra dar uma esticadinha até a província vizinha de Nara-ken. Nunca tinha ido até lá. Nara é uma das províncias mais rurais do país, interiorzão completamente diferente de Tokyo. É marcada por ser a província com o maior número de locais Patrimônios da Humanidade do país. Também pudera, ela constitui o coração da civilização japonesa moderna, sendo antigamente conhecida como Yamato no Kuni. Foi a partir dali que os kunis (até então independentes) foram sendo unificados e foi surgindo o que conhecemos hoje como Japão. A capital, Nara, foi a capital do país antes de Kyoto durante o Período Nara. 

Minha passagem por lá foi rápida, basicamente visitei dois templos apenas (do outro falarei em breve). Um deles foi o Oyamato Jinja. Estou escrevendo sobre ele agora de propósito, pra criar um contraste com o post anterior. Este templo é completamente diferente do Sensouji. A começar pelo local, afastado da cidade (Tenri) e em meio a um bosque. Ele é bem pouco visitado, mesmo por turistas japoneses, até pelo seu tamanho acanhado. Mas isso não quer dizer que se trate de um templo menos importante, pelo contrário. Ele é um dos 21 templos xintoístas sagrados, de acordo com a Corte Imperial do Período Heian. (posteriormente essa lista foi expandida e hoje possui 67 templos na categoria mais alta, incluindo este) Sem falar que o Oyamato Jinja é um templo xintoísta, enquanto o Sensouji é budista.

O xintoísmo é uma religião animalista criada pelos antigos povos que viviam no território japonês. Durante muito tempo foi seguida como crença e virou uma religião propriamente dita depois da introdução do budismo, trazido da China. Dessa maneira, o xintoísmo acabou por incorporar alguns elementos do budismo (e assim legitimando este) e as duas religiões puderam coexistir no país até hoje. Em alguns momentos da história do Japão essa coexistência não foi pacífica, contudo. Hoje, é comum as pessoas manterem práticas de ambas as religiões em sua vida, como por exemplo batizar seguindo as regras de uma e fazer um funeral seguindo as regras da outra.

Pra um nanbanjin é meio complicado distinguir um templo de uma ou outra religião apenas batendo o olho no local. Possuem muitos ritos e arquitetura parecidos, sem falar que é comum encontrar eles construídos literalmente um do lado do outro ou com elementos da outra religião no mesmo local. Dois pontos chaves pra fazer a distinção com facilidade são: fora do templo, os templos xintoístas possuem aqueles portais (torii) logo na entrada, enquanto os templos budistas são cercados de estátuas de divindades, como a comentada no post anterior. Na parte interna, um elemento exclusivo dos templos xintoístas é a 'caixa' onde se jogam moedas para ter um pedido atendido.


Ali, além do templo e daquelas lápides, há uma casa onde moram os seguidores que fazem a manutenção do local e uma pequena escola de ensino religioso. O templo propriamente dito é inacessível, ficando atrás desta 'cerca' de madeira. No portal que fica em frente, quando cheguei, haviam aqueles poucos devotos no meio de uma cerimônia. "Aunnnnnnnn"

No próximo post da série de fotos devo postar imagens do templo da loja do AKB48 em Harajuku, visitada por mim uns dias atrás. (fazia já bastaaaaaante tempo que num ia lá) Pessoal a esta altura já deve conhecer o local, mas enfim... lá eles estão sempre mudando as coisas de lugar e tals, então acho que vale o post.

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