Desta vez, novamente fui até lá, encarando uma longa viagem (mais de sete horas de ônibus ou quase três de shinkansen, partindo de Tokyo) para outro show que só acontece uma vez na vida e outra na morte. Com mais tempo, pude me dar ao luxo de andar bastante por lá e... nas próximas linhas tentarei apresentar um pouco desta simpática cidade que é Nagoya, a quarta maior cidade do país.
Chegada via shinkansen. Mais de doze mil ienes custa a brincadeira, bela facada. Do alto da plataforma, primeira visão da cidade. Durante todo o tempo, clima nublado com alguma garoa, nada muito feio. Frio também fraquinho, melhor que em Tokyo neste momento. Ainda na enorme estação central de Nagoya, me deparo com um stand promovendo o Mundial de Clubes da FIFA a ser realizado daqui alguns dias. Interesting. Acima da enorme estação fica o shopping Takashimaya, devidamente enfeitado para o natal já. O complexo ainda inclui dois grandes prédios, as JR Central Towers, fazendo da estação umas das maiores do mundo. Em frente, o ponto de táxi e a escultura metálica que não quer dizer nada. O destaque está do outro lado da rua...
Vou até a estação Tsurumai, afinal o show está pra acontecer num muquifo ali perto. Antes, uma passada no belo parque Tsuruma. Ao lado do enorme Nagoya University Hospital, o parque conta com complexo esportivo, fonte, lagos, estufa, coreto, um monte de estátuas... muitos pássaros e flores. Um lugar muito calmo e bonito, frequentado por famílias e esportistas (as quadras de tênis do local estavam lotaaaaadas). Construído no ano de 1909 e com inspiração européia, o parque é um dos maiores da cidade e famoso pelas suas cerejeiras (que logicamente não estão floridas nesta época do ano). Passando um tempo lá, pude flagrar umas japas fazendo um ensaio fotográfico... provavelmente de moda, não pareciam um grupinho idol, infelizmente.
Nagoya tem algumas coisas curiosas. Nas grandes avenidas, existem lugares para estacionar bicicletas e para estacionar scooters, coisa que em Tokyo não existe. Muitos lugares públicos possuem placas com além do tradicional japonês-inglês, também português (!) devido a grande quantidade de brasileiros que vivem na província de Aichi-ken (da qual Nagoya é capital). E nas escadas rolantes, enquanto em Tokyo se pára na esquerda e anda pela direita; em Osaka se pára na direita e anda na esquerda; em Nagoya... se pára em qualquer lado, uma zona. (realmente deve ter bastante brasileiro por aqui =P )
Numa ruazinha qualquer, vazia e cheia de prédios antigos... ali está, escondido, o glorioso Nagoya Daytrip, palco do show "Girls Rock Kiseki no 3man". Típica casa de shows underground nipônica que eu já comentei antes... minúscula, abafada, som ruim... só era uma pena que um show antológico destes tinha tão pequeno público, umas trinta pessoas, por aí. Primeiro, abertura com um tal de Hybrid Statice. Bandinha de moleques que tentam empolgar mas achei muito fraquinho. O fato de não terem baterista e usarem melodia quase toda pronta, feita em programa no computador, é de quebrar, falar sério. Depois, hora do show começar mesmo com ninguém mais ninguém menos que a Chinatsu. Ela tentou uma carreira solo depois do fim da saudosa banda Berry Roll. Não emplacou e ela sumiu. Quase dois anos depois ela reaparece especialmente pra este show, a convite da Hiro. Curioso que dois dos antigos companheiros de banda estavam lá pra tocar com ela, que vestia uma camiseta com inscrições em português (infelizmente a foto está muito ruim e num dá pra ver =/ ). Ela estava quase irreconhecível, com cabelo loiro e curtinho.
Ela falou bastaaaaante, da preocupação acerca desta apresentação afinal estava a muito tempo sem cantar, o que tem feito ultimamente e tals... Ela inclusive viria depois a invadir o MC do Rondonrats pra falar ainda mais. =D Desta vez tentando deixar a Mamiko em saia justa com perguntas indiscretas e tals. Ela falou que talvez volte a cantar. Tomara. Na sequência, o já citado Rondonrats. Banda de Hiroshima, fazia um tempinho já que não via eles. Mesma energia de sempre, Mamiko a mesma gata de sempre (pegaeu!), queria muito vê-los porque os lançamentos mais recentes estão muito bons. Felizmente a mudança de integrantes não mudou a 'cara' do grupo. Longa vida ao Rondonrats! E como longo também está este post, bóra continuar a falar do show e da viagem no próximo post. ^__^
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