terça-feira, 13 de agosto de 2013

Summersonic ou Idolsonic?

Hora de continuar falando do feriadão de verão japonês. Segundo dia, domingo, dia 11. Vez de ir até o Makuhari Messe para o maior festival de música do Japão e um dos maiores do mundo, o Summersonic. Ocorrendo anualmente em dois ou três dias do ano, sempre nessa época, o festival reúne bandas nacionais e estrangeiras e um público acima dos 250 mil espectadores. É fácil perceber lá dentro que tem gente pacas. Gente até demais. Fazendo que por mais que aquilo seja bem organizado e o espaço amplo, vire uma experiência um tanto quanto problemática. Não é nada fácil conseguir comer, ir ao banheiro, entrar e sair de determinados palcos... junte com a questão "anos nas costas" e cada vez mais a melhor opção para alguém como eu acaba sendo "acampar" em algum palco e pronto. Nada de ficar zanzando de lá para cá, pulando de palco em palco. Este ano, com o calor infernal que fazia, resolvi assistir apenas shows nos palcos cobertos (do Makuhari) e evitar os palcos (e filas) abertos (Marine, Beach e Garden stages). Isso me custou abrir mão de alguns shows interessantes, mas nada de outro mundo. Este ano o festival não estava com atrações tão boas quanto o ano passado mesmo.

E pensar que a um tempo atrás eu achava bobos aqueles japas que ficavam por aí sentados, deitados, até dormindo, ao invés de estarem pulando de um palco em outro, sem parar, para tentar ver o maior número de grupos possível e assim "fazer o dinheiro render". Hoje sou um deles... Bom, como desculpa além da idade avançada e do calor, tenho a meu lado o fato de que o festival este ano estava bem mais fraquinho que no ano anterior, ao meu ver. Não sei se por culpa extamente deles, organizadores, ou minha. Explico: havia uma penca de artistas ocidentais que eu nunca ouvi falar a respeito, que imagino sejam baita sucesso nos EUA e Brasil, mas eu sinceramente nunca vi mais gordos. Sim, eu sei, ando muito focado em meninas menores de idade idols... os poucos que eu conhecia eram tudo coisas jurássicas, passo. Agora, mesmo quanto a artistas japoneses, onde estou mais inteirado... ah, os organizadores vacilaram. Nada de chamar uma porrada de artistas de sucesso (Perfume, para ser mais direto ao ponto. imperdoável isso, festival sem Perfume é igual Fórmula 1 sem Ferrari), ao invés disso parece que se concentraram em encher a bagaça de... ... grupinhos idols!!! ... ... ... ... ... É, pensando bem, eles até que não erraram tanto assim... ^__^' 

Acho que já comentei por aqui algumas (muitas) vezes sobre isso. O quanto a "febre idol" anda assolando este país (é o sinal do apocalipse, fujam para as montanhas) e este ano teríamos uma porrada de grupos se apresentando nos mais diversos festivais de música. Coisa a pouco tempo atrás, impensável. Antes fosse só o Momokuro ou AKB, mas não. Grupinhos desconhecidos tomando parte também, festivais de música antes frequentados por famílias e molecada descolada agora inundados por uma horda de otakus com seus penlights e camisetas de suas oshimens... meu Deus, que horror! Em tempo: eu fui com a minha camiseta da Sekki. S2 Inclusive eu fui no segundo dia de festival exatamente por causa dela. E da Eitaso. Porém meu primeiro show este ano foi outro: Momoiro Clover Z. Este foi exatamente o mais preocupante. Porque o palco estava ainda mais lotado que no ano passado. E nada de wotas não, um monte de gente (meninas) nada a ver com os típicos fãs de idol groups. Que é isso?!?!? Porque essa gente está aqui!?!?! O show não teve bolinhas atiradas que nem no ano passado e eu só consegui um lugar ainda mais longe do palco... mas uma coisa legal, teve: ficar olhando uns malucos atirando os penlights durante as músicas mais agitadas. Sério. Deveria haver um vídeo disso. Pareciam estrelas cadentes cruzando o grande palco, um monte de penlights sendo atirados de um lado a outro, alguns até atingindo refletores e tudo mais. É errado e perigoso, mas não vou mentir que não achei legal. (claro, nenhum caiu na minha cabeça =P )


Algumas fotos da chegada e do interior do Makuhari. Basicamente a mesma coisa do ano anterior. Me pareceu apenas que haviam mais barracas de comida (o que no final acabou não adiantando muita coisa). Nas bancas oficiais do evento com venda de bebidas, as meninas faziam cosplay. Numa banca, enfermeiras, em outra, aeromoças, em outra policiais e assim vai. Haviam as mesmas atividades paralelas do ano passado, com uns murais sendo pintados e tals. Depois de ver o Momokuro no Mountain Stage, foi a vez de ver um tal de Capital Cities no Sonic Stage. Achei meia boca, por mais que sejam simpáticos e tals. Tipo, é gay demais pro meu gosto aquilo. =P Em seguida, aí sim: Denpa Gumi.inc no Rainbow Stage. Aí sim eu vi uma porrada de wotas se aglomerando e... maldita hora que eu tive a idéia de ir pra perto do palco. Aquilo virou o inferno na Terra, negaiada se esmagando e debatendo loucamente... o que a gente não faz pela Eitaso né. Elas cantaram "Denparade Japan", "Sabotage", "W.W.D", a nova "Not Bocchi... Natsu" (do single a ser lançado dia 2 de outubro. Denpa Gumi sendo Denpa Gumi. atóóóron!), "Kuchizuke Kibonnu" e "DenDenPassion". Belo show, com elas usando as roupas de "W.W.D"... chamou a atenção durante a passagem de som, antes do show começar, colocaram pra tocar bem alto uma versão instrumental de "DenDenPassion". Os wota pira.

Não satisfeito, dali fui para a novidade deste ano, um pequeno palco com umas cadeiras na frente, posicionado ao lado das barracas de comida. O chamado Side-show Messe, onde haveriam apresentações de comediantes (pros chegados em AKB, tinha alguém bem conhecido ali: o Ijiri Okada) e tcharan! Mais idols. =D Ali se apresentariam os grupinhos menos famosos. Na parte de trás, um telão mostrava as imagens do pequeno palco. Na frente, se nas cadeiras o pessoal tinha de se comportar, atrás e nas laterais, estava liberado. Wotagei liberado pra quem quizesse. Ali deu pra curtir bastante e com tranquilidade. Primeiro veio o 9nine, com a irmãzinha da Acchan do Perfume lá. Belo aquecimento. Pena que em seguida veio a broxada: Linda Sansei. Sim. Elas. Fui obrigado a vê-las. Venho estes últimos meses tentando evitar de ver esta porcaria... mesmo de falar sobre elas aqui. Mas agora não teve jeito. Que vergonha meu Deus. Graças a elas, em todo lugar que vou falo que sou uruguaio. E eu que pensava que a pior coisa que o Brasil poderia produzir era o Latino. Na boa, mesmo se elas fossem mesticinhas bonitinhas (não com aquelas caras de índias), aquela coisa de misturar ritmos brasileiros e usar roupas verde-amarelo... é tudo tão clichê, tão estereótipo. A música é MUITO ruim, AKB perto daquilo parece a oitava maravilha do mundo. Mil vezes ouvir "Ue Kara Mariko" (rip) do que elas com "ohhhh ariauaiô... oba oba oba". 

E chega que já gastei muita linha do blog com aquele horror. >___< Depois vi novamente o 7cm, as ex-SDN. Neste dia sem a Konan, em seis. Agitei pacas, pena que estou fora da imagem do vídeo. Foi divertido pra caramba, ainda mais com elas com aquelas roupas e a Haruka liiiiiiinda de morrer. Pegael, seu pedaço de mal caminho! S2__S2 Pra encerrar (na verdade ainda teria depois o Vanilla Beans, mas eu não vi porque não queria estragar a ótima impressão =P ) teve quem??? Sim, Sekki. Up Up Girls Kakkokari. Cantaram "Ichiban Girls", a nova "Samurai Girls" (do single que lança dia 4 de setembro. "Upper Rock" versão 2.0) e "Uppercut!". Pena ser tão curto. Tão rápido, mas tão rápido que até a apresentação pessoal foi encurtada, sem a Akari fazendo seus movimentos de karate e tals. Depois de tantas idols (como é estranho isso, ver showzinhos delas e não ter akushukai nem nada depois...) foi hora de voltar ao mundo real, Sonic Stage para ver a barulheira classuda do Jon Spencer Blues Explosion. Não é muito minha praia, mas é interessante. Quase uma volta no tempo, rock'n roll em extinção. No mesmo palco, Johnny Marr. Não conhecia, achei legal. É tipo o Liam Gallagher sem a imbecilidade. =P Se bem que ele é bem mais velho que o Liam. Na net vejo que ele era integrante do The Smiths, mas não é da minha época. (sou velho mas não um dinossauro né)


Já chegando no final do dia, vi pedaços de duas surpreendentemente muito boas apresentações. Ainda no Sonic, Two Door Cinema Club. Nunca tinha ouvido falar, ainda mais com um nome desses. Mas achei legal pacas. Se fosse uns... dez anos atrás, eu viraria fã. Era bem o tipo de tranqueira que eu costumava ouvir. =D E a outra, os pré-históricos Pet Shop Boys no Mountain Stage. Sim, Pet Shop é BEM antigo. E Pet Shop é BEM gay. Ou seja, é música de bicha velha. Mas porra, que show foi aquele. Um dos melhores que eu já vi na vida, pelo menos em termos visuais. Imagens, figurinos, luzes, efeitos... tinham momentos que você só olhava aquilo admirado, um 'show' mesmo. Pouquíssimas vezes vi coisa tão bem feita e impactante como aquilo. Alguém pode até questionar o gosto duvidoso das cabeças de búfalo e tals mas... num mundo de Lady Gagas da vida, o que tem de mais naquilo, não é mesmo? Saí dali impressionado. E feliz. Mas a felicidade só durou até chegar na estação de trem e ver o estado em que aquilo estava, dezoito pessoas por metro quadrado. >___<

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