quinta-feira, 16 de abril de 2015

Uma aventura em duas rodas part.3

Terceiro post da série, hora de comentar sobre a visita ao Enoshima Aquarium. Localizado a cerca de 500 metros da estação de trem Katase-Enoshima, este aquário não é tão grande e visitado como outros da província. Alías, olhando de fora, parece uma 'caixa', sem grandes atrativos. Mas não se deixe enganar pela aparência. Aberto em 1954, a empresa que o controla mudou de dono (e nome) no início da década passada. O aquário então passou por reformas, foi ampliado e reinaugurado em 2004. Hoje ele tem um vasto interior de dois andares, com corredores labirintos em meio a tanques enormes e dos mais variados formatos. A fauna marinha exibida ali inclui espécies das mais distintas e exóticas, mas o enfoque principal é em retratar o hábitat encontrado na baía logo em frente. Não sou um apaixonado por criaturas marinhas que nem a Macocchan, mas fiquei encantado com o local. Ainda devo dizer que veio bem a calhar essa visita, pois começou a garoar e nos protegemos da chuva ali dentro. =)


Nas fotos abaixo, um dos principais atrativos do aquário: a seção dedicada às medusas. São vários tanques com medusas de todas as formas, cores e tamanhos imagináveis. Os mares do Japão costumam ser infestados por esses animais; me lembro de certa vez em Shin-Kiba quando vi um canal do mar com tantas medusas assim aglomeradas que nem nesses tanques... medo! >___< Logicamente o aquário tem áreas dedicadas a crianças, áreas com pesquisas e fósseis, insetos, pinguins e tartarugas também.


Outros atrativos incluem: o submersível de pesquisas Shinkai 2000, utilizado até 2002 pela marinha japonesa (atualmente substituído pelo Shinkai 6500, o segundo submersível tripulado que consegue descer mais fundo no mundo, só atrás do chinês Jiaolong); maquete demonstrando a atuação das marés na região; tanques com variadas espécies para o pessoal tocar e ficar pegando na mão (fico com dó dos peixes submetidos a tal tratamento...); e a grande arena para apresentações com golfinhos e leões-marinhos. O público adora essas coisas né, estava completamente lotado. Pudemos ver um dos shows programados pro dia (são quatro sessões no total).


Saindo então do aquário, felizmente a garoa parou mas o tempo continuou nublado. Atravessamos a ponte de cerca de 600 metros de extensão e chegamos finalmente na Enoshima propriamente dita. Na pequena ilha com menos de 4 quilômetros quadrados, praticamente um rochedo, só há uma rua com tráfego liberado. Ela vai pro lado leste da ilha, onde estão a marina, os centros turísticos de informações e estacionamento. Deixamos nossas bicicletas e a partir dali, a aventura teria de ser feita a pé mesmo. No entorno e porção norte da ilha, expremidos, ficam os restaurantes, lojas e pousadas. Isso porque a maior parte do terreno é acidentado, com um aclive acentuado de mais de 60 metros. A maior parte dos visitantes sobe pela trilha principal, de frente para a ponte. Mas nós decidimos sermos diferentes e usar esse caminho na volta. Na ida, subimos pelo lado leste, de frente para a marina, onde se concentram as casinhas dos poucos moradores de Enoshima. A ilha é um local sagrado, residência da deusa budista Benzaiten (deusa da música e entretenimento), mas foi em 1880 posta à venda pelo governo, passando a ser ocupada por alguns locais e até um estrangeiro. Mas disso falarei melhor no próximo post da série. =)

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