domingo, 12 de abril de 2015

Tokyo lights and flowers

Pois bem, hora de dar um tempo no assunto idols para postar mais algumas fotos de passeios pelo Japão. Pegando a idéia de um post do ano passado, lá vou eu mais uma vez postar fotos atrasadas de iluminações natalinas e de flores de cerejeiras, estas no período certo. Se bem que em Tokyo agora já não tem mais sakura para se ver, graças às chuvas (e até neve! o__O ) que caíram nos últimos dias. Estamos na primavera mas nem parece. Como sempre acontece todo ano, o período para se ver (e fotografar) cerejeiras nessa parte do país é bem curto, não passa de duas semanas. Sendo que chove e faz frio durante vários desses dias, deixando assim a 'janela' para se visitar algum parque e apreciar as belas flores rosas símbolos do Japão, bem pequena. Começando do começo, abaixo tem algumas fotos do Yebisu Garden Place, visitado por mim em novembro, logo após a inauguração das iluminações. Nunca tinha ido ao local, apesar de ser um dos pontos mais famosos de visitação na cidade durante o fim de ano. Localizado próximo da estação de trem Ebisu, um longo caminho coberto com esteiras rolantes liga a estação até o centro comercial. Ali, um grande calçadão arborizado com um conjunto de arranha-céus e prédios de arquitetura européia. São lojas caras, restaurantes refinados, museu de arte, hall de eventos, cinema, escritórios, hotel e a sede da cervejaria Sapporo, a mais antiga do país fundada em 1876. Estabelecida na cidade de mesmo nome (em Hokkaido) por um japonês treinado na Alemanha, hoje a sede fica em Tokyo. E exatamente em referência à cerveja mais famosa (Yebisu) da empresa, tanto o complexo como o bairro possuem esses nomes. (como o kanji "we" do nome não é mais utilizado, aceitam-se romanizações tanto na forma "ye" como "e". ambas com a mesma pronúncia "e") Há um pequeno "museu da cerveja" mantido pela marca e um grande vão central coberto, cheio de árvores e fontes. No meio havia o principal atrativo das montagens natalinas: o "Baccarat Eternal Lights", um enorme lustre de mais de oito metros de altura e quase duas toneladas. Feito de vidro e cristais, ele ficava protegido por uma caixa externa. Havia um tapete vermelho estendido desde a árvore de natal na entrada até o lustre, lá em baixo.


Já neste ano, a algumas semanas atrás, visitei o Ueno Onshi Kouen (ou simplesmente Ueno Kouen) junto do amigo alemão. Eu cheguei a comentar rapidamente a respeito em outro post, mas fiquei devendo o principal: as fotos do parque. Antes de mais nada, devo dizer que a idéia de ir ao local naquele dia foi dele, que garantiu que já haviam cerejeiras floridas. Quem mandou eu confiar em forasteiros europeus... u___u Só algumas poucas árvores já estavam floridas naquele momento. Mais do que isso, boa parte das barracas e infra-estrutura montadas pelo parque para receber as festividades de primavera estavam ainda sendo montadas. Só algumas barracas no meio do lago já funcionavam e vendiam comida. Mesmo o zoológico, o mais famoso do país, estava fechado. Apesar disso, havia um grande número de visitantes e turistas estrangeiros. Praticamente as únicas cerejeiras floridas eram as da entrada sul do parque. Fundado em 1873, é um dos parques mais antigos do país e o mais visitado da capital. Localizado no coração de Tokyo, ao lado da estação de trem Ueno e logo ao norte do Castelo Edo, o parque foi construído no local do antigo templo Kan'eiji, quase inteiramente destruído por guerras e incêndios. O enorme templo budista possuía mais de 30 edificações e abrigava os restos mortais de seis shoguns do clã Tokugawa. Hoje pouco disso restou e se encontra espalhado pela área do parque, cheio de bosques, estátuas (abaixo a estátua do Príncipe Akihito Komatsu) e museus. São ao todo sete museus, uma biblioteca e um hall de concertos. Além do já citado zoológico, o mais antigo do Japão e que abriga cerca de 2600 animais. Abaixo, fotos de uns peruanos tocando música tradicional andina no calçadão em frente ao Museu Nacional e o templo xintoísta Ueno Toshogu, restaurado ano passado.


Boa parte da área total do parque é ocupada pelo lago Shinobazu, hábitat de várias espécies de pássaros, plantas aquáticas, peixes e tartarugas. Pode-se andar de canoa e pedalinho por uma parte dele. No meio, fica uma pequena ilha com o templo Bentendo. O lago é recortado por trilhas e nelas estava concentrada a maior parte do público neste dia, graças às barraquinhas de comida. Apesar ter sido modificado várias vezes, o lago é natural e enfrentou problemas de poluição no passado. Teve até um acidente durante a construção de uma linha de metrô que fez boa parte da água vazar e secar o lago. Nas primeiras fotos abaixo, o pequeno Gojoten Jinja, que fica numa encosta do morro de frente para o lago. Vale dizer que no parque reside um número considerável de pessoas sem-teto. No Japão esse não é um problema tão grave como no Brasil, mas ainda sim existem mendigos e a maioria deles se concentra nas áreas de Ueno e Shinjuku. Nos arredores do parque se localizam o campus principal da Universidade de Tokyo (a famosa Toudai) e o cemitério Yanaka, outro ponto visitado por turistas para apreciação de flores de cerejeiras. Numa das fotos dá pra avistar a Tokyo Skytree, que fica poucos quilômetros a leste dali. A estação Ueno, uma das maiores e mais movimentadas da cidade, é utilizada por um total de 12 linhas de trem e metrô, atendendo quase 400 mil pessoas diariamente.


No próximo post, trarei mais fotos atrasadas de outro passeio feito no ano passado. Só pra encerrar, deixo aqui o link para o belo vídeo de homenagem ao lendário Gino Odjick, exibido pelo Vancouver Canucks no último jogo da temporada regular da NHL. Um dos meus jogadores favoritos, hoje aposentado e lutando contra uma doença terminal. Força, Gino! Enquanto isso meu Colorado já está de férias e a ansiedade pelo draft e pelas possíveis contratações e dispensas para a próxima temporada já tomam conta de toda a fanbase. Só espero que não façam mais nenhuma cagada porque senão... será mais um longo ano pela frente. =/ De curiosidade, fica o registro que o defenceman Robyn Regehr anunciou aposentadoria aos 34 anos. Canadense, ele nasceu e morou até os nove meses de idade no Brasil (Recife), sendo portanto o primeiro (e único) jogador "brasileiro" a atuar na NHL. E ele ainda foi draftado exatamente pelo Colorado, em 1998, apesar de nunca ter feito uma partida pelo meu time. (trocado, foi mandado pro Calgary) Além dele, outros nomes importantes que já anunciaram aposentadoria nesta temporada foram o defenceman Timonen e os goleiros Brodeur e Nabokov. Enquanto isso, o lendário Jagr no alto de seus 43 anos já renovou por mais uma temporada com o Florida. Quem diria. Será que ele conseguirá superar os 1850 pontos de Howe na carreira? Quem viver, verá.

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