quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Katayama, Gordamina e um pouquinho de Yonechan

Continuando a relembrar as aventuras das últimas semanas, deixa eu falar de duas peças de teatro às quais eu fui. A primeira, no dia vinte e oito de setembro, foi o musical "Sempo - Sugihara Chiune Monogatari", no Shinkokuritsu Gekijou (ou Novo Teatro Nacional, em português). Perdi as fotos do local, mas na página da wikipedia tem duas fotos quase iguais às que eu havia tirado, da fachada e do corredor central. Construído em 1997, por fora não parece nada especial, mas por dentro... é impressionante o tamanho e o refinamento do local, com uns manequins decorando o hall e tudo brilhando de novo. Ele fica rigorosamente de frente ao Hatsudai The Doors, nos arredores de Shinjuku e é hoje o maior e mais renomado teatro do país, abrigando além de peças, óperas, apresentações de dança e cerimônias de entrega de prêmios. Devo confessar que não esperava por aquilo quando saí de casa feito um maloqueiro qualquer. Já num basta ser um estrangeiro, ainda era o único vestido de qualquer jeito e como não, um dos únicos jovens ali. Só dava velha guarda na platéia, todo mundo bem vestido. .___. Achei que era mais uma pecinha como qualquer outra, mas nem. Desta vez a coisa era GRAAAAANDE.

Nada de público masculino predominante com wotas pra lá e pra cá, apesar da participação da dupla do AKB48, Gordamina e Katayama. (elas faziam o mesmo papel, Setsuko, a irmã mais nova da esposa do Sempo) Elas se alternavam se apresentando cada uma num dia e eu, claro, fui no dia da minha Katayama. (inclusive foi essa a peça que ela tinha me recomendado no último akushukai onde nos vimos) Como cheguei já meio em cima da hora, os panfletos autografados por ela já haviam esgotado... ;___; (malditos wotas ninjas, se disfarçaram de velhinhas e...) Tive de me contentar com um panfleto normal e um livreto com a história real do Sempo (ambos na primeira foto mais abaixo). Só pela quantidade de goods (e qualidade dos mesmos) e pelo lado de fora do teatro central (onde foi realizado o musical, com capacidade para pouco mais de mil pessoas. mas parece mais, o palco é gigantesco), onde haviam um monte de arranjos florais e uma exposição de fotos reais da personagem, já dava pra ver que se tratava mesmo de uma super-produção, bem mais pomposa do que todas as que eu já tinha visto até então. Som, orquestra, luzes, uma dezena de cenários e um batalhão de atores. Achei interessante que haviam mapas da Europa naquela época em algumas paredes do cenário para localizar o espectador. E para mim, uma ajuda imensurável: um letreiro digital ficava acima do palco passando legendas em inglês. Se não fosse isso, teria sido difícil entender tudo, afinal era uma peça de época, com muitos termos militares e vocabulário complicado.

Vários 'figurões' do teatro japonês estavam no elenco e cabia à minha Katayama um papel secundário. Por isso ela não apareceu lá muuuuito. =/ Na verdade, até o intervalo (quinze minutos de parada entre a primeira e segunda metades da peça. umas quatro horas de duração no total, mais ou menos) acho que ela apareceu só duas vezes. Na outra parte apareceu mais, ainda bem. A história, baseada em fatos reais, girava em torno do diplomata japonês Chiune Sugihara (apelidado Sempo pelos locais) que vivia com sua família na Lituânia quando estoura a Segunda Guerra e alemães e russos invadem e se apoderam de grande parte do leste europeu. Mesmo com ordens de Moscou para fechar a embaixada japonesa e se retirar dali, ele continua por lá para poder (clandestinamente) ajudar os refugiados judeus e poloneses. Sem ter pra onde fugir, eles apelam ao Sempo e este, arriscando sua vida, passa a conceder vistos japoneses para todos que ele consegue, permitindo que os refugiados embarquem dali para longe antes de serem mandados para campos de concentração. De fundo, ainda tem a história de um casalzinho que acaba separado em meio à guerra mas que acaba ficando junto no final. A situação dele era particularmente complicada porque o Japão era aliado dos alemães e assim, agindo contra ordens de superiores, foi considerado por muito tempo como um traidor da pátria. Só já depois de muitos anos, pouco antes de sua morte (em 1986) passou a ser reverenciado, ganhando homenagens, virando estátuas, livros, filmes e esta peça.

Foi tudo muito bonito, as encenações, músicas... eu, para dizer a verdade, achei apesar disso tudo esta peça menos interessante que outras anteriores. Achei que o drama foi muito carregado, ficando piegas. Com aquela duração toda e com aparições limitadas da Katayama para meu deleite ocular, ficou cansativo. =/ Mas sem dúvida valeu a pena como experiência para ver como é uma produção deste porte. Ao que me interessa no final das contas, a Katayama, ela estava (ali sim!) com cara de velha graças à maquiagem e figurino. Não fosse pela voz (e que voz S2 ) eu acharia que era a mãe dela. =P Ela cantou lindamente e tenho certeza que para sua carreira (e da Gordamina também), mesmo num papel secundário, esta experiência vai contar muito e deve ter marcado ela bastante. Como ela mesmo diz na entrevista, foi sua primeira vez num papel assim mais sério e tendo que realmente passar uma imagem de "velha", não apenas na brincadeira. Foi legal poder ter presenciado de perto este aprendizado dela, para quem sabe ela possa num futuro próximo graduar e trilhar uma carreira consistente. =)


A segunda peça, entitulada "World", eu assisti no dia vinte e quatro de outubro, no Theatre 1010. Localizado nos últimos andares do grande shopping Marui, ao lado da estação Kita-Senjuu, ao norte de Ueno. É um bairro sossegado residencial, mas no entorno da estação se aglomeram vários shoppings e lojas, com um enorme calçadão e uma rua comercial coberta. O teatro com capacidade para cerca de 700 pessoas parece acanhado mas tem um palco razoavelmente grande e fundo. Tem capacidade de abrigar apresentações das mais variadas e grandes produções também. Achei curioso que no hall de entrada tinha uma enorme maquete do bairro no início do século passado. Assim como de costume, muitas flores e uma banca vendendo o panfleto e fotos do elenco. Comprei as fotos dela, Yonechan. S2 A Gordamina também fazia parte do elenco mas não sei porque ela era a única que não tinha fotos à venda. Deve ser coisa contratual. Pois é, já que na peça anterior fui ver a Katayama em detrimento da rechonchuda dentucinha, tive de ir nesta peça para compensar. Ainda mais porque tinha essa oportunidade única de ver junto a ex-AKB Yonechan. Finalmente vi ela ao vivo de perto! *___*

Diferente da peça anterior, essa era uma trama de suspense policial e que atraiu um público nitidamente mais jovem e masculino. Wotas inclusos. Se na peça anterior era um público mais refinado lotando os assentos, desta vez era um clima mais casual, mais happy hour com pouco mais da metade dos lugares ocupados. Meio de semana né. O cenário era simples, composto de várias escadas e plataformas em diferentes alturas, usadas para encenar acontecimentos em diferentes locais. O som deixou um pouco a desejar (apesar da bela trilha de rock), mas iluminação estava perfeita (bem sombria, no 'clima' da história). Não era uma super-produção como a anterior, mas tinha um elenco bem numeroso também. Que me causou uma certa dificuldade para entender a história afinal eram muitos nomes e fatos pra ficar memorizando. .___. Tentando resumir ao máximo, a história gira em torno de um trio de jovens (Kenji, Ryuji e Kurumi - interpretada pela Gordamina) que resolvem "mudar o mundo" limpando ele das pessoas indesejáveis. Eles começam atacando estrangeiros u___u* e depois atacam a polícia. (um fundo bem anárquico e xenofóbico, mas não vou levar a sério aqui para não desvirtuar o post) Em meio às explosões que eles vão promovendo com uso de bombas caseiras pela cidade, acabam (lógico) atraindo a ira de um grupo mafioso chinês (do qual a Yonechan faz parte, no papel da Riku, secretária do chefão).

Logo eles se vêem sendo caçados pelos policiais, pela gangue mafiosa e por uns jornalistas investigativos ávidos por um 'furo'. Ao longo da peça se descobre que os dois amigos terroristas são meio doidões assim por um trauma na infância, quando a professora que eles tanto gostavam foi assassinada. (e dessa época vem a promessa de "mudar o mundo") O caso do passado volta à tona quando as personagens vão se cruzando e se descobre que o hoje chefe do departamento de polícia foi quem matou ela (e ele ainda tem ligações excusas com a máfia). Graças aos jornalistas e a um detetive com pinta de galã (o bonzão é o único policial que não usa uniforme, não sei porque), o negócio não fica impune e vários acabam denunciados e presos. Outros morrem no tiroteio final, incluindo o Kenji. A Kurumi descobre que seu pai é um dos carinhas lá da máfia (vivido pelo famoso ator Kazuhiko Kanayama, que atua num dorama da Tv Tokyo do qual falarei em outro post), um dos jornalistas se revela ser um agente disfarçado da polícia especial e... bem, o final é muito besta porque o Ryuji, o mais perturbado dos três, acaba fugindo e fica impune. E promete continuar com o plano de "mudar o mundo". u___u Bom, no final das contas achei a peça bem mediana, salva pela atuação de alguns bons atores. Quanto as duas beldades... Yonechan tem um papel bem pequeno, seu total de falas durante a peça não dá um parágrafo desse post. Como secretária, está ali mais "de enfeite". Pelo menos ela usa uma calça BEM apertada. =D

Mas continuo achando que o tempo (e amadurecimento) não fizeram bem a ela. Ela na época do AKB era bem mais bonita. Em parte pelos seus penteados, que eu não gosto. E falando em cabelos... Amina. Ela depois do "Sempo" entrou no clima sombrio do "World" e adotou nas últimas semanas um visual até meio gótico, meio Nana, com longos cabelos pretos contrastando com a pele bem branca de pouca maquiagem... (só conferir no G+ dela) Atóron! Por mim ela poderia manter este visual pra sempre. S2 Mas é engraçado que na peça ela não está assim tão dark, eu diria que está bem... Amina. Jeitinho abobado e pegajoso, aquela vozinha sexy inconfundível... Ela como faz parte do trio principal aparece bastante e é importante pra história, na medida que ela atrapalha os dois moleques. =P Aqui ela não deve ter tido lá muitas dificuldades, foi quase que um 'seja você mesma'. Como eu estava bem perto do palco, pude prestar bastante atenção nela e ver que ela parece estar, apesar das minhas brincadeiras de chamá-la de gorda, em boa forma. Casava fácil. =D Ah! Antes que eu esqueça, achei curioso que durante a peça eles citam lugares que existem de verdade (onde as explosões ocorrem e tals). O lugar onde os moleques moravam (e aconteceu o assassinato no passado), por exemplo, era um lugar que já visitei um tempo atrás. Pra encerrar o post bem, imagens das três garotas. E no próximo post, continuo com os relatos dos shows propriamente ditos.

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