quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Countdown Japan 13/14

E agora é hora de falar de mais uma edição do tradicional festival de música que antecede a virada aqui em Tokyo, o Countdown Japan em sua décima primeira edição. Foi basicamente tudo igual ao ano passado. O que eu poderia acrescentar em comentários em relação ao que já foi escrito são as pequenas diferenças deste ano. Como acontece com tudo quanto é feira/evento/festival que se preze, a cada ano o número de visitantes vai aumentando. E com isso, filas cada vez maiores e mais demoradas, já na saída da estação de trem. É o lado ruim destes grandes festivais. Achei que os enfeites e adereços espalhados pelos pavilhões do Makuhari Messe este ano estavam ligeiramente mais simples. Deve ser porque gastaram muita grana com o cachê da Acchan. =P Sim, ela estava lá, cantando solo. Assim como eu já cheguei a comentar algumas vezes por aqui, que outros festivais de música estavam começando a abrir espaço pras idols, o mesmo pôde ser claramente visto no Countdown deste ano. Enquanto no ano passado não teve nenhuma idol propriamente dita (dando uma espandida na definição de idol, dá pra dizer que teve a Shoko Nakagawa... e olhe lá), neste ano teve: Atsuko Maeda no dia 28; Team Shachihoko e Tokyo Joshiryu no dia 29; Babymetal e -ute no dia 30; Denpa Gumi.inc e BiS no dia 31. YES! Mais um festival se rende à força dos wotas! =D

Ano passado fui apenas no terceiro dia, desta vez fui no primeiro e segundo dias. No primeiro, como só tinha a Acchan, a quantidade de wotas era pequena. Eu era um dos únicos por lá com penlight enquanto ela cantava. Já no outro dia, tinha uma quantidade considerável de wotas. A apresentação do Team Shachihoko, pelo menos, foi bastante agitada. No primeiro dia haviam quatro palcos, já nos demais eram cinco (com o funcionamento da Astro Arena, palco montado no Event Hall, que parece um ginásio esportivo). Mais uma vez tinha parceria da organização com o anime Evangelion, com banca e alguns goods. Desta vez haviam camisetas do festival com design do desenho... e eu comprei uma delas. ^__^ Também foi a única coisa que eu comprei, além de uma ou outra bebida e lanche. Além das filas, ali os caras metem a facada em tudo que é vendido. Sacumé. O jeito é ficar indo de palco em palco, vendo show sem parar, para não dar tempo nem pra fome nem pro cansaço baterem. E fazer o valor pago nos caros ingressos valer a pena, né. Neste ano, mais uma vez bastante frio, mas o tempo estava bem melhor, fazendo sol. O ruim deste festival é que por ser no inverno você tem de ir bem agasalhado, mas lá dentro, na hora dos shows... você acaba tendo de tirar a blusa e aí fica carregando aquele estorvo pra lá e pra cá ou enfrenta a gigantesca fila e paga uns trocados pra poder deixar suas coisas no guarda-roupas.


Não dá pra fazer como nos festivais de idols que eu costumo ir, onde galera amontoa blusas e mochilas num canto perto da parede e pronto. Ali não tem como fazer isso, até porque o risco de você ser furtado existe. Não é só pela enorme quantidade de gente, mas porque nesses grandes festivais costuma ir um tipinho com o qual você tem de sempre estar atento: estrangeiros. Se é americano ou europeu, eles não costumam roubar, mas são folgados e arranjam confusões. Se é latino ou do sudeste asiático... aí esconda bem a carteira. =P Uma outra diferença que notei foi que haviam menos cadeiras reclináveis este ano, quando a lógica seria o contrário. Ali naquele pavilhão, desta vez apenas um grande globo. Nas fotos tem um pouco do local, corredores, palcos... o único com mais parafernalha era o principal, o Earth Stage. O resto era simples. E num desses palcos, começou meu dia vendo ela, Acchan. Desde que saiu do AKB, devo confessar que não tenho acompanhado rigorosamente nada dela. Nunca foi das minhas favoritas mesmo. Só sei que ela continua lançando uns singles por aí, tem inclusive um agendado pra março, entitulado "Seventh Code". Pois bem, ela cantou em primeira mão essa música nova. Além de outras quatro músicas, seus singles anteriores, segundo um amigo meu. ^__^' Eu não faço a mínima idéia, conheço "Flower" e olhe lá. Tinha uma esperança que ela cantasse sei lá, um "Aitakatta"... =D

Não rolou. Ela estava acompanhada de uns músicos famosos, entre eles o baixista do The Hiatus. Nos MCs demonstrou estar ansiosa por aquela apresentação e surpresa pelo convite. Contou que ano passado esteve lá, mas na platéia. (na net rolaram comentários de gente que afirmou já ter visto a Yukirin no Summersonic. agora Acchan no Countdown... quando será o dia que vou topar com a Nonaka num festival?) Como minha expectativa era baixa, achei que ela se saiu bem. Me desapontou o público, esperava ouvir pelo menos uns gritos de "Acchan kawaii" e tals. Pareciam que estavam dormindo, sendo que o dia estava apenas começando. Depois vi uma banda que gosto muito, o Sebastian X. Eles estavam como de costume, malucos. E a vocalista Manatsu com suas roupas ridículas e berros, muitos berros. =D Eles estavam bem empolgados, afinal era a primeira vez aparecendo no festival. Dali pra ver outra que adoro, o Shakalabbits. A banda responsável por me fazer começar a curtir música japonesa. Fazia muito tempo que não os via. Pra meu deleite, cantaram várias músicas antigas com direito aos clássicos "Rollie" e "GSG". Pena que dali pra frente o dia não foi assim tão empolgante. Vi, se não me falha a memória, pela primeira vez o Sakanamon e o Kazuyoshi Saito. Nenhum dos dois é ruim, fique claro. Talvez virasse fã do primeiro se tivesse vocal feminino e do segundo se eu fosse uns quinze anos mais velho. =P Vale dizer que durante um intervalo o vocalista do Sakanamon ficou cantarolando "Heavy Rotation" do AKB. Pronto, já que a Acchan me deixou na mão, ele fez o serviço sujo. =D

Depois vi o The Band Apart, que já tinha visto antes. Grupo mediano. Não tinha nada melhor no horário, então... Dali pra ver pela primeira vez a Leo Ieiri, cantora jovem de dezenove anos que anda fazendo bastante sucesso. Suas músicas não são ruins, ela até que canta bem e tals, mas... Em primeiro lugar ela é minúscula, tem aparência de criança. Daria uns onze anos no máximo. .___. Depois que não gosto desse visual e jeito dela meio "olha como sou rebelde". Talvez vire fã um dia, daqui uns dez anos quando ela amadurecer e deixar de parecer, literalmente, uma loli. Em seguida vi pela primeira vez o The Flickers, outro grupo mediano. Os caras botam muita pressão, não gosto disso. No palco eles tinham nuns apoios de microfone umas telinhas que ficavam exibindo as letras do nome da banda. Ah! O Sakanamon por sua vez tinha no centro do palco um voodoozinho pendurado. .___. Dali fui ver o Tokyo Karankoron, que já vi antes. Legalzinho, mas nada muito especial, prefiro o Czecho No Republic. Em seguida, pela primeira vez (eu acho), vi a lenda viva do skacore nipônico, Kemuri. Uma das bandas responsáveis por popularizar o gênero no país, fazendo um som muito parecido com de bandas famosas americanas. (diferente de boa parte das bandas japonesas, que seguem/seguiram o caminho do 4th wave) De lá pra rever a dupla Puffy, também conhecidas como Puffy AmiYumi. Outra lenda viva, neste caso do pop. Como elas já estão na 'idade da loba', não são mais empolgantes como outrora, paciência.

Pra encerrar o primeiro dia, revi o Galileo Galilei, banda muito boa que deveria fazer mais sucesso. Acontece que eles não são espalhafatosos como certas bandas, aí a molecada não se empolga. =/ E por fim, vi um pouco da apresentação do Quruli, uma das bandas de rock japonesas mais famosas. Acho mais ou menos. Se não me engano já vi eles antes... poderia ter ficado até o final, mas preferi sair antes pra pegar os trens de volta não tão lotados. Deu certo e pude voltar sentado. Ufa. No segundo dia repeti a dose. O dia 29 começou também com uma cantora, uma das que mais faz sucesso atualmente, Miwa. Revi ela e... acho legalzinha, admiro que ela canta e toca de verdade, diferente de outras por aí que só fingem tocar *cof cof Ayu cof*. Viraria fã se ela fosse conhecida por nome e sobrenome. =P Depois vi pela primeira vez dois grupos: o Eastern Youth, rock de responsa, comandado por uns carecas meio lesados. O vocalista tem um jeitão meio Billy Corgan. =D E o grupinho idol Team Shachihoko, que fazia falta na minha lista de idols já vistas. (agora só falta o Babymetal) Elas são um 'grupo-irmão' do Momoiro Clover Z e... não tem como pensar em outra coisa mesmo. Lembra demais o Momokuro. Em todos os sentidos, até nos wotas super empolgados que fazem arremesso de penlight. kkkkkkk Elas nesse ano que passou foram um dos grupos mais comentados por aí. Eu viraria fã se elas não fossem tão novinhas, porque é divertido pacas.


Pensando bem, não, não poderia ser fã delas afinal são concorrentes diretas do SKE48 né. Imagina eu chegando num akushukai com a Abiru vestindo camiseta do grupinho. Se os SKE wotas não me matassem no meio do caminho, ela certamente me daria uns tabefes. "Traidor!" >__< Bem, continuei vendo mulheres no palco na sequência. Primeiro, revi o Scandal. Elas tem musiquinhas legais, tocam e cantam bem, são bonitas... eu viraria fã se elas tivessem o narizinho menos empinado. =P Depois vi pela primeira vez (eu acho) a famosa e veterana cantora/seiyuu Maaya Sakamoto. A mais bem sucedida na empreitada de conciliar dublagem com carreira musical. Particularmente eu prefiro a Aya Hirano porque é mais engraçadinha, mas a Maaya sem dúvida canta mais. Muito mais. Depois vi pela primeira vez o Locofrank, banda de rock bem... genérica. Sete em cada dez bandas de sucesso hoje em dia soam exatamente igual eles. (e aí eu admito que gosto de uma ou duas delas... abafa o caso) Dali pra rever a lenda viva (mais uma!) da música eletrônica japonesa, o Denki Groove. O irreverente grupo (hoje em dia, dupla) manda muito bem. São praticamente os pais do technopop neste país. Porra, Perfume não existiria hoje se não fossem esses caras lá atrás. Eles subiram no palco vestidos de paciente e enfermeiro, com cadeira-de-rodas, saquinho de soro e tudo mais. Depois vi pela primeira vez o Arukara, que já é um grupo com mais de dez anos de estrada, mas que andou em evidência mesmo no último ano. Acho mediano, não é muito do meu gosto.

Então eu vi o grande motivo (ao lado do Shachihoko) de eu ter ido neste dia de festival: o Tokyo Joshiryu Special Others. =) Os caras podem ter aquela aparência hippie, podem ser péssimos nos MCs, mas tocam muito. Tem umas músicas simplesmente hipnotizantes. Ok, pode ser música de velho, mas... eu sou velho mesmo, então sem problema. (se bem que lá em cima eu disse que não era tão velho... abafa o caso) Em seguida revi o The Cro-Magnons, banda responsável por manter vivo o espírito do antológico grupo The Blue Hearts, talvez o mais importante grupo de punk rock da história da música nipônica. Os caras são fodas. E o Hiroto é um show à parte. Antes eu pensava que ele era daquele jeito loucão por causa das 'dorgas', que nem o vocalista do Stance Punks. Mas acho que não... ele é demente mesmo. =D Encerrando o segundo dia, vi pela primeira vez o Masayoshi Yamazaki, outro cantor/músico. Ele é bem diferente do Kazuyoshi... diria que um meio termo entre ele e o Suga Shikao. Fui vê-lo não porque ele é famosão, mas porque ele é natural de Shiga-ken. =P E mais uma vez vi um pedaço de show antes de cair fora, revendo o sensacional Rip Slyme. Pra fechar o festival em grande estilo. O Beastie Boys japonês, com vinte anos de estrada já. O que seria do Japão sem o Rip Slyme? Esses caras sim são engraçados, não essa molecada criada a leite com pêra e ovomaltino de hoje em dia. Fala sério, eu quero ser igual o Su quando crescer. O cara pega a Ai Otsuka e tem bigodinho de cobrador, quer alguém mais fodão que isso???

*em tempo: não só a Acchan, mas vários outros também cantaram músicas inéditas, futuros lançamentos. Tocando em outro dia do festival, o Man With A Mission anunciou finalmente um novo álbum em março. Já era hora.

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