quarta-feira, 19 de março de 2014

Nakatsuka em um dia de Nonaka

Falando agora do domingo, foi dia de ir até Tsukiji, um bairro antigo da cidade construído onde antes era mar e pântanos do delta do rio Sumida. Minha primeira vez naquela parte da cidade. Não é um local de muitos atrativos. Não pra mim, pelo menos. O bairro é razoavelmente conhecido por abrigar o mercado municipal de Tokyo, o maior mercado de venda de peixes e produtos do mar do mundo. E também pelo Honganji, um enorme templo construído na década de 30 que abriga memorial e objetos do monge Shinran, fundador da escola budista Jodo Shinshu (lembram desse post?) e do falecido roqueiro Hide. Meu destino era o Tsukiji Buddhist Hall, um teatro construído no mesmo prédio do templo. De onde eu moro é meio ruim para chegar ali, então optei por tomar a linha de metrô Yurakucho e descer em Shintomicho. Assim, para chegar ao local tive de caminhar um bocado, diferente do caso se eu tivesse descido em Tsukiji (linha Hibiya), que fica quase já na frente do templo. Como eu não tinha lá muito tempo (nem ânimo) não fui até o mercado (mais alguns quarteirões adiante) e nem tirei muitas fotos da área. Quem sabe em outra oportunidade. Dei uma entrada rápida no templo, mas nada de fotos do memorial do Hide por aqui, ok? Eu odeeeeeeeeio visual kei. u__u Nas fotos abaixo dá pra ver um pouco da área. Realmente os peixes são importantes pro pessoal dali, estão presentes até na pintura dos prédios... O Honganji é um templo bem diferente do que se costuma ver por aqui. Tem mais pinta de universidade européia do que templo nipônico... Detalhes dos afrescos na última foto. Toda a área (incluindo o templo) estavam praticamente vazios nesse dia. Cheguei até a me questionar se estava no lugar certo.


Não notei nenhuma movimentação que indicasse a presença de um teatro com uma peça prestes a começar, então tive de ficar de lurker ali um pouco até ver onde raios ficava a entrada do teatro. É na última porta à direita (olhando de frente para o templo). O local é bem apertado, desde o hall até as poltronas. Cabem 164 espectadores ali, mas pela arquitetura do local, parece menos. O palco é razoavelmente grande, porém. A acústica deixa um pouco a desejar. Os arranjos florais estavam espalhados pelas escadarias e hall, onde tinha uma banca vendendo os goods. Basicamente trading photos do elenco. Tentei achar os arranjos para a Tomochan (a ex-AKB48 Tomomi Nakatsuka), mas não achei. Estava uma zona ali. Como eu tinha um ticket especial, para sentar nas primeiras fileiras, ganhei o adesivinho sem vergonha da foto abaixo. Entre a papelada que você sempre recebe na porta, destaque para essa propaganda da peça "Onna no Ko Monogatari", com ela, Nacchan. S2 (a ex-AKB Natsumi Hirajima. ela já encenou uma vez essa história no ano passado) Fala sério, tenho de ver alguma peça dela novamente em breve. Até porque além dessa, ela estará presente em outras TRÊS produções nos próximos meses. ("Haha no Sakura ga Chitta Yoru", "Keibou no Araiguma" e "Good Bye Shakespeare!!!") Nacchan com bastante serviço, que bom. ^__^ O único problema é que essas produções tem sempre curtas temporadas, bobeou perdeu. Essa por exemplo só estará por quatro dias em cartaz. .___. Detalhe: ela não estará só, terá companhia da ex-colega de grupo Natsumi Matsubara. Ela ainda está viva é? Nem sabia. =P Nos outros papéis, tinha ainda uma peça com a Mizuki Kuwabara, ex-SKE48 (ué? ela vive em Tokyo agora?), entitulada "Re:verse".

E um papel do grupinho idol Through Skills (que creio eu, nunca vi ainda). Isso porque na peça que eu iria ver neste dia, "Momotarou Gaiden ~Ryugujou Daikessen~", haveria a participação de uma menina do grupo. E também tinha uma menina do Idol College. Mesmo com tantas idols assim, o público (que lotou o local) era bem variado. Tinha alguns wotas, mas também haviam famílias e meninas. Muitas japinhas, pareciam a maioria da platéia. Vai ver os atores são famosinhos ou integrantes de boy bands da vida, né. Não sei (e nem quero saber). Bom, na banca eu comprei os cinco sets de fotos da Tomochan (cada um com quatro fotos diferentes). E depois da peça eu tratei de encomendar um panfleto. (não havia ali à venda, só para encomenda. espero que não demorem muito pra enviar, né. =/ deve ter esgotado nos dias anteriores já, uma vez que eu fui na última apresentação) Eu nem fazia idéia, mas haveria akushukai/signkai após o espetáculo, e as fotos me renderam um ticket de participação. O cara ainda me alertou que se eu pegasse mais um set, ganharia um segundo ticket. Deixei pra lá, afinal eu usaria em quem? De novo na Tomochan? Nem falar UMA vez com ela eu estava lá muito afim, afinal... não que minha (rápida) experiência com ela no passado tivesse sido ruim... mas eu ainda prosseguia com a impressão de que ela era (ou é) meio nojentinha, não lá muito simpática. E eu não teria assunto nenhum. Fiquei com um ticket só mesmo que estava bom demais. (mais tarde eu me arrependeria desta escolha, mas vamos prosseguir no relato) Quando chegou o horário, primeiro foi feita uma introdução, com uma parte do elenco. De maneira descontraída, eles deram uma recordada na história da peça anterior. (esse "Ryugujou Daikessen" era a terceira peça da trilogia)   


Destaque para uma das garotas, a tal de Maya Iwashimizu (grabia idol, no papel da Mirika), que esqueceu a fala várias vezes. ^__^' A peça tem uma história toda fantasiosa, envolvendo elementos folclóricos japoneses, míticos e da ficção ocidental. O jeito foi assistir sem tentar achar nexo em nada. Para começar, o ryugujou do título, local onde a ação se passa, é no folclore japonês um palácio submarino casa do dragão Ryujin, entidade suprema dos mares. Momotarou (Tatsuki Muro) e seus amigos (Saru, Inu e Kiji) estão de visita ao local e ficam sabendo que a filha do shogun Saburou Urashima (Paroma Ito) está em perigo. Decidem então procurá-la. Mas não estão a sós. Kintarou (Yosuke Ito) e seus amigos (Kuma, Ame-no-Uzume e Pinóquio) também aparecem com o mesmo objetivo. Kintarou e Momotarou são rivais, mas no final quando a coisa aperta acabam se ajudando. Inclusive, o Kintarou é a personagem mais divertida da peça, super metido. A primeira ameaça à integridade da Otohime (Tomochan) é a maldosa Byakko (Arisa Kuroda. a 'raposa branca') e sua equipe de servas do mal (Mirika, Kaori, Azumi e a robótica Rinoa). Ela é quem descobre que a Otohime tem superpoderes e trata de tentar capturá-la, torturando Saburou e os outros lá palácio com seus poderes de dar choque nas pessoas. Mas antes que ela conseguisse ter êxito, aparece um mascarado misterioso que usa um feitiço nela e a transforma numa criança inocente. Só que ele não faz isso para salvar a Otohime e sim para ele a raptar e ter o poder para si. Era o Príncipe Adhos (Sho Nakaguchi), o grande vilão da história. Na busca para reencontrar a Otohime e impedir o maquiavélico Adhos de dominar os dois mundos (o real e o imaginário, onde eles vivem), as demais personagens unem forças (mesmo quem antes era do mal).

O problema é que Adhos tem o poder de paralizar o tempo e assim atacar seus oponentes, então indefesos. Nisso, nem com todos os outros unindo forças a tarefa se torna fácil. Pelo contrário, Adhos vai matando todos que se atrevem a aparecer em seu caminho. A peça tem fora os que eu citei uns outros trocentos personagens e boa parte deles é eliminada. Incluídas a Omusubi (Shiori Sakata) e sua fiel escudeira Selentia (Yuki Kimoto, ex-SDN48), duas habitantes do palácio. A morte delas faz com que as sereias do palácio se sacrifiquem e gastem todas suas energias num canto, que quem diria, tem efeito de anular o poder do Adhos. Isso acaba sendo fundamental na batalha derradeira entre ele e Momotarou. Com o poder da Otohime, mais uma arma que lhe é entregue por Poseidon (Akiyuki Miyamoto, o produtor da peça, que faz uma pontinha bem zuada) e o rival enfraquecido, Momotarou consegue matar Adhos e salvar a Otohime (e por consequência os dois mundos). Destaque ainda, entre os outros personagens, para o Capitão Gancho (vivido pelo experiente ator Atsushi Mizutani) que diferente do original, aqui, é do bem. Ah! Entre as inseparáveis amigas da Otohime está Kurumi, vivida pela Marina Aoki (grabia idol e integrante do grupo G☆Girls, que vi outro dia desses). Otohime vive desiludida e não quer assumir seu posto de sucessora do Saburou no comando do ryugujou, ela quer viver uma vida normal de estudante com as amigas. Mas isso acaba não sendo possível. Ou melhor, não SERIA possível... porque no final da peça é revelado que tudo não passou de um sonho dela, que na realidade é uma estudante comum mesmo. Basicamente é isso a história, recheada de inúmeras cenas de batalhas, tem bastante ação. (quase tudo de mentirinha, mas tem um tapa que o Saru dá no Kiji que é de verdade, para riso da platéia ^__^' )


A peça tem alguns toques de comédia (principalmente com o Kintarou) mas é mais uma aventura leve mesmo, diria até que infantil (não me recordo de nenhuma piada ou conteúdo mais pesado). Com alguns (poucos e curtos) atos musicais, com destaque, claro, pro solo da Tomochan. S2 Ela representa uma das personagens centrais da história, mas como são oitocentos personagens... ela não tem lá tantas falas assim. No que eu vi dela, gostei. Não deixou a desejar. (bom, num cantou feito uma Yuppai ou Katayama né, mas seria demais esperar isso dela) O palco era super simples. Com todo aquele entra e sai frenético de atores e as cenas de lutas, só podia ser assim mesmo. Tinha dois níveis e umas escadinhas. Só. Sem fundo ou cenário. Ao término da peça após a saudação do elenco todo, o herói Tatsuki tomou a frente do MC e foi pedindo para alguns atores que ainda não haviam falado em agradecimentos de outras sessões dessem suas impressões. (nada de Tomochan, quietinha o tempo inteiro) Por último, claro, ele. Muitas lágrimas (tanto dos caras como das atrizes) rolaram, afinal era a última sessão da peça. Tomochan foi das poucas que não chorou. Deixando ela de lado (para ser imparcial), diria que os destaques foram o Yosuke e a Arisa. A mina manda muito, principalmente nas vozes que ela cria. Diria que a peça foi... satisfatória. =D Depois de alguns minutos de espera no hall, veio então a hora do akushukai/signkai com todo o elenco. Se para caber o público ali já era difícil, imagine então mais o elenco e os staffs. Imagine tentar fazer filas organizadas ali. Sem chance. Uma zona total e completa. Tomochan estava posicionada próxima da escadaria, mas como eu não sabia onde começava ou terminava a fila... se é havia... por sorte um velho dos staffs me perguntou com quem eu iria e me auxiliou a chegar até ela.

O cara que falou com ela antes de mim era um wota daqueles bem típicos, gordão estranho e tals. Ela não parecia muito receptiva. Mas quando me aproximei... Aí o título deste post. Baixou uma Nonaka nela e ela ficou radiante. Primeiro já me analisou de cima a baixo, comentando da camiseta do team K ("nossa, que saudoso") que eu usava, de um evento antigo do grupo. Falou do meu boné... e aí eu gelei. Não acredito, Tomochan conhece o Up Up!?!? o__o "Não sei, do que é?" ela respondeu. ;___; Aí eu falei que era de um grupinho idol, Up Up Girls e tals... putz, bateu na trave. Sério, se ela tivesse dito que conhecia o grupo... que acha a menina de laranja uma graça... que sua música favorita é "Upper Rock"... teria virado minha oshimen no mesmo instante! Quem precisa de Nonaka assim!?!? (Nonaka: "ahn? que papo é esse? seu filho de uma...!!!") Aí eu entreguei o saquinho de fotos e pedi pra ela assinar alguma. Ela tirou e pediu pra eu escolher qual a preferida. Enquanto ela assinava eu comentei que era minha primeira vez vendo-a nos teatros e que tinha me assustado, não sabia que ela tinha virado uma atriz tão boa assim. Ela riu e disse que agora sim ela estava feliz. Eu disse que costumo ver peças com outras meninas por aí, Nacchan, Amina... e que seria legal vê-las algum dia juntas. Ela disse que seria realmente interessante rever as ex-colegas... ela então perguntou meu nome para escrever na foto. Aí foi meio complicado até ela entender. Disse que sou brasileiro... aí ela ficou surpresa: "então você não é hafu, é estrangeiro mesmo? wahhh que kawaii". Eu devia ter emendado "não, não. hafu aqui só você! =P ". Aí ela disse que viver no Japão é bom, né. Eu concordei.


Ela perguntou qual minha comida preferida japonesa e eu "ahn acho que... sukiyaki". (ps: eu falei qualquer coisa, num podia responder pizza né =P ) Ela rachou o bico e "ahh kawaii. realmente kawaii!". Aí ela elogiou meu japonês e perguntou a quanto tempo eu vivia aqui. Ela perguntou se eu iria na próxima peça, eu disse que não sei. Ela contou que vai ter uma peça mês que vem ("Hijirisawa Jyogakuin Monogatari Last Diva"), pra eu ver a info no blog dela e seguí-la por lá e no twitter. Eu claro fiquei bobo diante de tanta graciosidade com aquele sorrisão dela e me comprometi a fazer tudo que ela pedisse. Nos despedimos e... acho que ela foi com minha cara. E acho que vou ter de em breve refazer meu ranking e subir ela algumas posições. Esqueci de comentar sobre seu filme... se bem que eu não vi mesmo, teria de dar uma enrolada... Dizem que ela mora em Minuma-ku, a leste de Omiya, aqui em Saitama-ken. Hmmm olhando os twitts dela e os horários que ela diz chegar em casa e pegar trens, é bem provável. Fala sério Tomochan, vem morar comigo que aqui você fica ainda mais perto de Tokyo. Prometo te levar todo fim de semana na Disneylândia. =D

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