Yay! Para encerrar março em grande estilo, mais um post. O blog está comemorando dois anos de vida e nada melhor do que um novo recorde de posts num mês. E mais: um post que não é sobre idols! Viva! Pois é, de vez em nunca os wotas também vêem outros shows que não seja de grupinhos idols. ;) Tenho que admitir, porém, que isto tem se tornado cada vez mais raro em minha rotina... Mas bem, deixa eu falar do grande festival de punk rock da terra do sol nascente: o Punkspring. Pelo terceiro ano seguido eu fui nessa bagaça. Em Tokyo ele ocorreu no sábado (ontem em Osaka, hoje e amanhã em Nagoya. como sempre acontece, em Tokyo tem mais atrações... pena de quem mora lá pra baixo do país). O que eu poderia comentar sobre ele que já não falei da outra vez? De novo ingressos caros, um monte de gringos na platéia (basicamente aqueles americanos típicos)... o público era bem variado, não tinha só molecada, afinal entre as atrações haviam umas bandas bem pré-históricas. (nada contra, acho ótimo. não conheço nada -ainda bem- desse lixo que vem sendo produzido recentemente) Como de costume, o pessoal fica espalhado por aí, muita gente sentada e até deitada lá no fundão... eu mesmo deitei um pouco e quase dormi durante o show do SiM. ^__^' Aliás, além deles, o Totalfat e o Man With A Mission eram as outras bandas que estiveram ano passado e repetiram a dose em 2014. E mais uma vez o público foi presenteado com a presença carismática do maluco Fat Mike, falando besteiras sem sentido (como perguntar quem era japonês no público, falar que eles eram a pior da banda da noite mas tinham a melhor setlist, etc). Porém desta vez não era sua banda principal, o NOFX, presente...
Uma grande diferença eu notei assim que saí de casa: o dia estava bom. Diferente do dia seguinte que teve chuva e ventania. A ponto de até cancelaram o mega-show do AKB48 no National Stadium né. kkkkkkkkkk Bem feito pros AKB wotas. (sim, eu adoro rir da desgraça alheia =P ) Tranquilo, depois remarcam a despedida da Yuko pra outro dia. Ou não. Enfim... Nos halls 1 a 8 (onde geralmente ocorrem os daiakushukais do grupo) estava sendo realizada uma competição nacional de cheerleaders. Mas parece que só competiam equipes de crianças, porque estava lotaaaaaado de loli no pedaço. =/ Com isso o festival aconteceu do outro lado, nos halls 9 a 11. Talvez temendo uma mudança no clima, desta vez a banca de goods ficou do lado de dentro, junto com outros stands variados no primeiro pavilhão. (cuja iluminação ficava alternando entre mais claro e mais escuro, como se pode ver nas fotos abaixo) A banca de goods não tinha fila lá muito grande então já fui direto pra lá e comprei uma camiseta do festival e uma do Me First and the Gimme Gimmes. (na mesma foto, o pequeno papel com a time table que era entregue na entrada e a última edição da revista Young Jump, com a Sayanee na capa. comprei ela mais tarde num kombini afinal... bom, a Sayanee por si só, convenhamos, oferece muitos... err 'atributos' para que você compre uma revista. mas esta é especial porque tem fotos do 'best 8', as oito meninas da seleção prévia que receberam mais votos. e aí, pasmem: não é que minha Nonaka foi uma das escolhidas!?!? =O agora voltei a ter fé na humanidade! sensacional, só o tiozão deve ter comprado uns mil exemplares pra ficar votando na Micha. arigatou! ;__; ainda foram selecionadas a Furukawa e a Shibata do SKE e a Kodama do HKT. boas escolhas. na revista ainda tem uma promoção para ganhar prêmios relacionados à Copa do Mundo no Brasil com foto da Marina Aoki -da peça com a Tomochan- de bikini. não sabia que ela tinha tanta 'abundância'. barbaridade, tchê!)
*cof cof* Voltando a falar do festival, outra mudança foi que as bancas vendendo comida ficaram no fundão da pista com os dois palcos, sem nenhuma divisória. Ou seja, dava pra ficar assistindo mesmo na fila ou depois, enquanto comia. Excelente idéia. Ainda mais com a presença de dois grandes telões transmitindo tudo. Nem precisava ir lá pra frente. E foi o que eu fiz. Só fui pra perto do palco no show do Me First, esse eu fiz questão de ver bem de pertinho, quase na grade. Os demais... Man With A Mission, The Hives e Bad Religion eu vi mais ou menos no 'meio do caminho', digamos assim. O resto foi lá do fundão, sentado ou deitado mesmo. Inclusive, não sei se é impressão minha, mas parecia que tinha ligeiramente menos gente desta vez que no ano passado... Ah! Uma idéia não tão boa assim (num português claro, um pé no saco) foi que neste ano você tinha de ir numa banca trocar o dinheiro por tickets, para então ir nas bancas de comida comprar algo com eles. u__u Pra que isso? Dificultar? Deixar ainda mais caros os produtos? Vai entender. Só sei que qualquer tranqueirinha custava dois tickets e você recebia três a cada mil ienes. Ou seja, cerca de 666 ienes numa porra de espetinho. WTF! Assalto à mão armada isso! Por essas e por outras eu sempre digo: coma e beba tudo que tiver direito em casa e veja o máximo de shows possíveis, para esquecer da fome que por ventura pintar. Ainda mais que nesse festival eles não deixam sair e entrar de novo. Tinha staff pra caramba lá, mas parece que a principal preocupação deles era só em recolher o lixo, porque moshing, diving, fotos... tudo era a rigor proibido, mas nada coibido. Rolava tranquilamente. (ps: quando fui lá na frente, vi no chão uns pedaços de vidro. WTH!? garrafas são proibidas e não são vendidas lá dentro... ou nego entrou com uma escondida -onde tem gringo, tudo é possível- ou algum óculos andou sendo destruído. eu hein!)
Quanto aos shows... eu não vi os opening acts, cheguei já com o tal de Blue Encount começando sua apresentação. Grupinho de rock japonês surgido em 2007 do qual eu devo confessar que nunca tinha ouvido falar a respeito. Banda comum, seria mais uma na multidão não fosse pelo inglês do vocalista, BEM acima da média pra um japonês. (9 em cada 10 japas tem inglês horroroso, mal dá pra entender o que eles falam) Depois veio o Rottengraffty, a esta altura já veteranos com quase 15 anos de estrada. Já vi eles algumas vezes antes e não curto. A molecada adora a mistura de rock com metal da banda, mas eu acho chato pacas, ainda mais com os caras se achando e 'fazendo pressão' daquele jeito. Blah! Na sequência, Dustbox, o primeiro grupo de punk rock propriamente dito no festival (se bem que a essa altura do campeonato, os caras chamam qualquer grupo que tenha um som 'meio pesado'. qualquer dia desses vai ter o Babymetal lá =P ). Eles eu já tinha visto também, a uns anos atrás. É razoável. Desde 2004 voltaram à ativa e tem conseguido boas vendagens de cds. O quarto grupo foi a primeira atração internacional: Radkey. Esse foi uma grata surpresa. Nunca tinha ouvido falar desse trio de irmãos, ainda moleques e com visual mais a la grupo de reggae do que hardcore. Mas não se engane pela aparência, eles fazem um baita som, tocam sério e lembram umas bandas das antigas tipo The Damned, Buzzcocks ou mesmo Ramones. Arriscaram algumas palavrinhas básicas em japonês. E na saída do palco ainda fizeram um kamehameha. kkkkkkkk A partir de então parece que os organizadores tentaram intercalar banda gringa com banda japa e veio o Coldrain, grupo de rock surgido em 2007 em Nagoya. Acho que já vi antes. Tem um vocalista hafu, então o cara fala inglês bem. Aliás no MC ele fica misturando inglês e japonês direto.
No passado eu já fui chegado nuns grupos assim nesse estilo, com muitos berros e tals. Hoje em dia não mais. (mas se tiver oportunidade de rever o Taking Back Sunday um dia, tô dentro!) Mantendo o post-hardcore nas caixas de som, vieram os americanos do Chiodos, grupo criado em 2001. Esse eu vi pela primeira vez. E não achei grandes coisas. Bem parecido com o anterior. O vocalista era bem simpático. Talvez até demais. O cara não parava de agradecer e elogiar o público, toda hora... parecia que nunca tinha feito um show grande assim na vida (o que eu duvido) e estava maravilhado. Vai entender. Inclusive os shows tinham cerca de 40 minutos cada, com exceção dos dois últimos, consideravelmente mais longos. Depois veio o Totalfat, velho conhecido meu. Outro grupo que já caminha pros seus 15 anos, fazendo um punk rock irreverente (não por acaso os caras tocavam NOFX no começo). É legalzinho, mas não o suficiente para me atrair hoje em dia. Quebrando a sequência, outra banda japa, o SiM. Surgido em 2004, praticamente uma cria do Rottengraffty. Se o primeiro já num me atrai, a cópia então... Ainda mais com aquela bichona saltitante nos vocais. Pára vai, isso cansa minha beleza. O público estava adorando, porém, tanto que fiquei com a nítida impressão de que ao lado do show do Man With A Mission, foram os dois únicos momentos onde praticamente todo mundo veio pra pista conferir de perto. =/ Depois a coisa melhorou com os ingleses do Snuff, banda formada em 1986. Já passaram por trocentas mudanças de integrantes, porque só o baterista careca doidão aparentava já estar na terceira idade. Ele ficava falando um monte de bobagens, fazendo umas vozes zuadas... Outro que aprendeu umas palavrinhas em japonês.
Vi eles pela primeira vez e gostei. Já quase lendários, são representantes do bom e velho punk rock de antigamente. Simples, barulhento e divertido. Em seguida, os escoceses do The Fratellis, grupo surgido em 2005. Apesar de serem lá da mesma ilha na Europa, são totalmente diferentes do Snuff. Fazem um indie rock que achei bem chatinho. Vi pela primeira vez também. Assim como a banda que tocou depois, o grande motivo de eu ter saído de casa nesse dia (para ver algo que não fosse relacionado a idols). Foi a vez de ir lá pra frente, no meio do aperto e doidera para finalmente poder assistir um show do Me First and the Gimme Gimmes. Yay! Essa era uma banda que faltava no meu currículo, marcaram minha juventude. Ouvia muito eles antigamente, com seus covers irreverentes e viciantes. O grupo, surgido em 1995, conta com integrantes de vários grupos famosos: Dave e Joey do Lagwagon, Fat Mike do NOFX, Chris do Foo Fighters e Spike do Swingin' Utters. Eles entraram todos nuns ternos ridículos, menos o vocalista Spike que pintou vestido de mulher. XD Mas logo ele trocou de roupa e veio num terno branco. Só pra se ter idéia do quão épico foi o show, abriram com cover de "I Will Survive". kkkkkkk Ainda tocaram covers de duas músicas japas, "Hero" e "Linda Linda", clássico dos The Blue Hearts. Com japonês macarrônico, claro, dando um charme extra. E para meu deleite teve ainda "I Believe I Can Fly" e "Jolene". Sensacional. Melhor impossível. Bebiam e falavam besteiras entre as músicas, Joey ainda usou um óculos com leds coloridos que alguém arremeçou... (aliás, arremeço de objetos era o que não faltava no festival. garrafinhas de água toda hora cruzando os ares internos do Makuhari)
Só foi
foda quando um moleque passou de diving por cima de mim e acertou meu
boné do Up Up, que caiu no chão. >___< Baita desespero por alguns
segundos até pegá-lo de volta. Imagina se eu perco ele? Minha vida acaba, sério. Não por acaso foi o único show que vi lá no meio do agito, eu que não iria dar mole pro azar de novo né. A décima segunda banda, agora novamente japoneses no palco, foi o The Bawdies. Esse eu já vi antes e não gostei. Eles são bem influenciados por outra banda de garage rock que viria pouco depois, mas não tem um décimo do estilo e graça. Inclusive acho curioso o como eles são o oposto do título da banda, não tem nada de 'obscenos'. Surgido em 2004, são super certinhos e até robóticos. Passo. Felizmente em seguida vieram eles, os lobos do Man With A Mission. Depois de eu ter considerado o grupo como a decepção do ano em 2013, agora a coisa parece que volta a entrar nos eixos. Apesar de não ter comprado o "Tales of Purefly" lançado este mês, achei o álbum bem interessante. Inferior ao primeiro cd deles, mas melhor que o "Mash Up The World". Principalmente em sua segunda metade, o álbum fica bem criativo. De qualquer modo, nunca é demais ouvir a banda ao vivo. Os caras são figuraças e os japas vão ao delírio. Por causa do sucesso seus ingressos esgotam rápido, então assim como o Perfume eu só posso ver desse modo, em grandes festivais, uma ou duas vezes ao ano e olhe lá. =/ Dureza... Quem não deve gostar dos shows deles são os cameramans, que tem de se desdobrar para não mostrar sem querer os rostos dos caras nos shows. =P Abriram com o hit "Distance" e fecharam com outro, "Fly Again". Vale notar o como na fanbase deles tem MUITA menina. Se lançassem uns lobinhos de pelúcia do grupo tenho certeza que venderia horrores.
Depois teve uma banda que se me lembro bem, ainda nunca tinha visto: The Hives. Essa é bem famosa no Brasil. E merecem o sucesso. Não sou fã mas admiro. Os caras tocam muito e tem um estilo bem peculiar. Principalmente o excêntrico vocalista Pelle Almqvist, que ficava descendo do palco para vir junto ao público (na quinta foto acima, o momento quando ele veio até o meio quase e mandou todo mundo se sentar), falando em japonês que eles eram o máximo, girando o microfone no ar... Com mais de duas décadas de existência, o grupo sueco estourou nos anos 2000 com alguns hits e para minha alegria (e saudosismo) tocaram todos eles. "Main Offender", "Walk Idiot Walk", "Hate to Say I Told You So"... demais! Alguém jogou uma bandeira do Japão com o escrito "The Hives" e o Pelle passou a carregá-la antes de um staff (vestido de ninja, como sempre) vir e colocar sobre a bateria. O Pelle fez apresentação da banda um a um, ficou subindo nas caixas de som, dando ordens no público... sem falar que o palco tinha um enorme cara atrás com umas cordas, como se estivesse manipulando a banda feito marionetes. Foi o show mais divertido do festival, fácil. (não meu preferido, que foi o do Me First, fique claro. inclusive o Fat Mike 'invadiu' o show do Snuff pra cantar uma música com os caras de surpresa. depois o cara do trombone retribuiu e veio tocar com o Me First) Hoje os caras são referência, imitados... e tem que ser mesmo, a molecada devia aprender a 'ser foda' com bandas como o The Hives. Mas aprender direito né, ouviram The Bawdies? Encerrando o festival veio a lenda viva do punk rock, Bad Religion. Desde 1979 na ativa, creio ter sido a terceira vez que os vi ao vivo. A esta altura já estão de cabelos brancos e bem mais comportados do que em outras épocas. Mas ainda tocam pra caralho e deixam muita banda de molecada no chinelo.
Tocaram repertório bem variado entre músicas antigas e mais recentes. E com direito ao hino "American Jesus" de saideira. Impossível falar de punk rock sem falar de Bad Religion e nisso os organizadores mandaram bem ao colocá-los para fechar o festival desse ano. Mesmo que boa parte da molecada japa não goste e prefira a banda do bambi saltitante lá, justiça tem de ser feita. Afinal o negócio ainda se chama PUNKspring, não? ;) Foi um belo dia (apesar da ausência de japinhas de coxas de fora no palco) e agora já aguardo ansioso para ver o que teremos no festival em 2015. (uma coisa certa é que haverá de novo o DJ e apresentador nipo-alemão Sascha Boeckle de mestre de cerimônias. o cara está em todas, impressionante! não que seja ruim, eu gosto dele. é até que engraçado e tals)
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